sexta-feira, 24 de junho de 2016

EDITAL DE CONVOCAÇÃO DE ASSEMBLEIA GERAL, Nº 2/2016

ACADEMIA MARANHENSE DE MEDICINA
Fundada em 25 de abril de 1988
Rua São João, 265 - Centro.
São Luís – MA.

 Edital de Convocação N° 02/16.

             O Sr. Presidente da Academia Maranhense de Medicina, Acad. José Márcio Soares Leite, nos termos do Estatuto e do Regimento Interno da Academia, convoca  as senhoras e senhores acadêmicos titulares, no pleno uso de seus direitos estatutários, para a reunião extraordinária de Assembleia Geral, no dia 12 de agosto do ano em curso, às   18:00h, em primeira convocação, e às 18:30h, em segunda convocação, na sua sede à Rua de São João, 265 – Centro, para apreciação e votação da reforma do Estatuto da entidade.

São Luís, 20 de junho de 2016.

Acad. Aymoré Alvim.
Sec. Geral

Pauta:

1.     Abertura da sessão;
2.    Leitura do Edital de Convocação nº 2/16;
3.    Análise e votação das propostas de alteração do Estatuto da Academia e das emendas enviadas pelos Srs. Acadêmicos;

4.    Encerramento da Assembleia.

ACADEMIA MARANHENSE DE MEDICINA Acadêmicos Eméritos

            21/12/1988
1.     Benedito Clementino de Siqueira Moura.

18/10/1989
2.     Antônia Arruda Soares.

25/10/2001
3.     Antônio Vespasiano Ramos.

          08/05/2002
4.     Antônio Nilo da Costa Filho
5.     Maria do Socorro Moreira Sousa
6.     Benedito Duailibe Murad
7.     Haroldo Silva e Sousa
8.     Amadeu Alcoforado de Almeida
9.     Gabriel Pereira Cunha.

23/10/2002
10.  Manoel Soares Estrela
11.  Paulo de Tarso Brandão

25/04/2003
12.  Carlos Alberto Salgado Borges
13.  José Venâncio Braga Diniz
14.  José Ribeiro Quadros
15.  Jackson Kepler Lago
16.  Expedito Aguiar Bacelar

18/06/2004
      17 Getúlio Ferreira de Albuquerque


29/05/ 2016

     18 Aldir Penha Costa Ferreira
     19 Aymoré de Castro Alvim
     20 Carlos Alberto Silva Dias
     21 Jayron Alberto Aires Guimarães
     22 Lúcia Fernanda Bastos Viana



ACADEMIA MARANHENSE DE MEDICINA ACDÊMICOS FUNDADORES E EFETIVOS (Atualizada em agosto de 2015).


CADEIRA
PATRONO
ACADÊMICOS
01
Dr. Alarico Nunes Pacheco
* Dr. Benedito Clementino de Siqueira Moura
** Dr. Luís Henrique Camarão Bacelar (21/04/2004)


02

Dr. Almir Parga Nina

*** Dr. João Bosco de Barros Rêgo (31/10/1997)

03
Dr. Álvaro Serra de Castro
* Dr. Orlando Araújo
** Dr. Francisco Amazonas de Assis Mello ( 25/04/2003)


04

Dr. Antônio Henrique Leal

* Dr. Ibraim Almeida Filho


05

Dr. Antônio Jorge Dino

* Dr. Manoel Soares Estrela


06

Dr. Aquiles Farias de Lisboa

* Dr. Haroldo Silva e Sousa


07

Dr. Ático Pires Seabra

*** Dr. José Manoel Ribeiro Bastos (22/05/1998)


08

Dr. Carlos Gomes dos Reis    Macieira

* Dr. Carlos Alberto Salgado Borges
** Dr. Aldir Penha da Costa Fereira (13/08/2009)


09

Dr. Cesar Augusto Marques

* Dr. Aymoré de Castro Alvim


10

Cesário dos Santos Veras
    
* Carlos Celso Gomes Nunes

11
Dr. Clarindo Santiago
*** Dr. Francisco de Sousa Viana (18/10/1994} Renunciou em 2009.
** Dr. José Albuquerque de Figueiredo Neto (30/09/2009)

12
Dr. Clodomir Pinheiro Costa
* Dr. José Venâncio Braga Diniz.
** Dr. Alcimar Nunes Pinheiro (28/11/2014)


13

Dr. Djalma Caldas

* Dr. Antônio Rafael da Silva

14
Dr. Domingos Matos Pereira
* Dr. José Vasquez Ver-Vallen
** Dr. João Melo e Sousa Bentivi ( 22/10/2005)


15

Dr. Fernando Ribamar Viana

*** Dra. Maria do Desterro Soares Brandão Nascimento (18/10/1999)

16
Dr. Filogônio Lisboa
* Dr. Lourival Gomes Bogéa
** Dr. José Márcio Soares  Leite (09/12/1994)

17
Dr.Genésio Euvaldo de Moares Rêgo
* Dr. Oswaldo Martins Bittencourt
** Dr. José Benedito Buhaten ( 25/07/2001)

18
Dr. Hamleto Batista Barbosa de Godois
* Dr. Tomé Lima de Araújo
** Dr. Domingos da Silva Costa (27/11/2015).

19
Dr. João Bacelar Portela
* Dr. Expedito Aguiar Bacelar
** Dr. Gutemberg Fernandes de Araújo (16/07/2010)


20

Dr. João Braulino de Carvalho

*** Dra. Lúcia Fernanda Bastos Viana (03/05/1995)

21
Dr. Joaquim Gomes de Sousa
* Dra. Maria José Aragão
** Dr. Jayron Alberto Ayres Guimarães (21/04/1994)

22
Dr. José Antônio Gomes dos Santos Neto
*** Dr. Antônio Vespasiano Ramos (21/04/1994)
** Dr. Elias Amorim (05/05/2011)

23
Dr. José Silva Maia


* Dr. Benedito Duailibe Murad
** Dra. Marília da Glória Martins (02/02/2012)
24
Dr. José Ribamar Viana Pereira
* Dr. Celso Antônio Caldas da Silva Sousa
** Dr. Antônio de Pádua Silva Sousa (25/08/2011)


25

Dr. Juvêncio Mattos

* Dr. Getúlio Ferreira de Albuquerque ( 28/04/1992)

26
Dr. Lino Rodrigues Machado
* Dr. Cesário Guilherme Coimbra
** Dr. Achilles Câmara Ribeiro (09/12/1994)


27

Dr. Luís Allfredo Neto Guterres

* Dra. Maria do Socorro Moreira de Sousa

28
Dr. Luís Lobato Viana
* Dr. José Carlos de Azevedo Ribeiro
** Dr. Francisco da Cunha Costa (09/12/1000)

29
Dr. Manoel Bernardino Costa Rodrigues
* Dr. Antônia de Arruda Soares
** Dra. Terezinha de Jesus Penha Abreu (09/12/1999)

30
Dr. Marcelino Rodrigues  Machado
* Dr. Croce do Rêgo Castelo Branco
** Dr. Ruy Palhano Silva (25/10/2001)

31
Dr. Odilon da Silva Soares
* Dr. José Ribeiro Quadros
** Dr. Arquimedes Viégas Vale (31/01/2014)

32
Dr. Oscar Lamagnere Leal
* Dr. Jackson Kepler Lago
** Dr. Orlando Jorge Martins Torres (03/03/2012)

33
Dr. Osvaldo da Costa Nunes Freire
* Dr. Gabriel Pereira da Cunha
** Hamilton Raposo Miranda Filho (29/08/2013)

34
Dr. Otávio Passos
* Dr. Antônio Eusébio da Costa Rodrigues
** Dr. Carlos Alberto de Souza Martins (09/12/1994)


35

Dr. Pedro Braga Filho

* Dr. Antônio Nilo da Costa Filho


36

Dr. Pedro Neiva de Santana

* Dr. Paulo de Tarso Brandão

37
Dr. Raimundo Nina Rodrigues
*** Dr. Amadeu Ancoforado de Almeida (21/04/1994)
** Dr. Carlos Alberto Silva Dias (31/10/2012)

38
Dr. Salomão Fiquene
* Dr. Antônio Salim Duailibe
** Dr. Abdon José Murad Neto (19/06/2002)

39
Dr. Sálvio Mendonça
*** Dr. Kleber Carvalho Branco (21/04/1994)
** Dra. Luciane Maria de Oliveira Brito (24/04/2009)

40
Dr. Tarquino Lopes Filho
* Dr. João Abreu Rei
** Dr. Natalino Salgado Filho (18/10/1999)


*  Acadêmico fundador
** Acadêmico segundo ocupante
*** Acadêmico primeiro ocupante


A MEDICINA NOS LIMITES DA CIÊNCIA.

 Aymoré Alvim, AMM, IHGM, ALL, APLAC.
              A Medicina foi e é antes de tudo Arte. Como Arte é amor, misericórdia, compaixão, solidariedade, altruísmo.      
             Como Ciência é fruto da observação, da experimentação e de testes de certificação de probabilidade de erros.
            Na dimensão da Arte, a sua ação é ilimitada. Isto é, a sua ação vai além da dimensão biológica.
            Assim considerando, é sabido há algum tempo que a Medicina Convencional, praticada pelos médicos ocidentais restringe a sua ação ao plano biológico, não obstante, a Organização Mundial de Saúde (OMS) já admitir que o organismo humano esteja estruturado por quatro planos; Biológico, Psíquico, Social e Espiritual.
            A luta desenvolvida pela Ciência, ao longo da primeira metade do século XX, para separar a Medicina da Religião, acabou por constatar os seus benéficos efeitos, na saúde humana, decorrentes de determinadas práticas ou sistemas que se convencionou chamá-los de Medicina Alternativa ou Complementar. Dentre essas condutas destacam-se a Espiritualidade e a Religiosidade com suas orações, preces, passes, banhos, meditações e outras.
            Embora sobejamente constatados que tais benefícios como a redução do estresse, da ansiedade e da depressão, o bem-estar psicológico, os positivos e protetores efeitos sobre a saúde cardiovascular decorrentes de melhor funcionamento do sistema imuno-endócrino e muitos outros, ainda há considerável número de céticos, principalmente, na classe médica, que condiciona a comprovação desses efeitos à luz da metodologia científica.
            A falta de uma educação religiosa, no seio familiar ou no ambiente escolar, e o materialismo (filosófico, não ideológico), que permeou os currículos dos cursos médicos, no Ocidente, fundamentados na concepção dualista filosófica Cartesiana e, na visão míope do Positivismo, são responsáveis pela resistência desses profissionais cuja credibilidade aprenderam a condicioná-la à certificação científica.
            Mas, como sabemos, a Ciência, produto da evolução intelectual do homem ao longo da sua história, como ele é também limitada.
            A Ciência está ligada à razão e nem tudo que é racional é digno de certeza, daí as mudanças de leis e postulados científicos ao longo do tempo.
            Já vimos, anteriormente, que na estrutura humana há plano, como o espiritual, que pelo menos, ate o momento, foge às certificações da Ciência.
            Estes pontos de vista podem ser ilustrados pela pequena história que segue:
            “Em certo dia, num Hospital daqui do Ocidente, um médico, como lhe era costume fazer, diariamente, se dirige à enfermaria onde trabalhava.
            Pega os prontuários dos seus pacientes e dá início às visitas, passando pelo leito de cada um deles. Em dado momento, detém-se diante de um que se encontrava em estado terminal. Após fixá-lo por uns instantes sem dizer nada, quando ia se retirando:
            - Doutor, o que o senhor ainda pode fazer por mim?
            O médico parou, tornou a fixar os olhos nele, mas nada lhe disse, mesmo porque já não tinha mais nada a dize-lhe. Voltou-se e foi embora mergulhado na sua frustração e deixando o seu paciente em grande desespero ante a expectativa inexorável da sua finitude.
            Será mesmo que nada mais tinha a fazer?
            Claro que havia e muito. Mas não sabia. Não fora preparado para ir além dos limites da Ciência. O conhecimento que detinha estava esgotado, como um dia de esgotará tudo que do homem procede.




A Academia Maranhense de Medicina

Acad. José Márcio Soares Leite*, 
                 A Academia Maranhense de Medicina foi fundada e instalada no dia 25/04/1988, por iniciativa de ilustres médicos maranhenses, os quais certamente buscaram inspiração na Académie Nationale de Médecine criada em 1820 pelo rei Luís XVIII da França e na Academia Nacional de Medicina, fundada sob o reinado do imperador D. Pedro I, em 30 de junho de 1829. Tornou-se parte integrante e atuante na evolução da prática da medicina no Maranhão em seus vinte e oito anos de existência.         
             Na história da medicina no Maranhão, destaca-se um período colonial (séculos XVII e XVIII), caracterizado pela existência de cirurgiões-barbeiros e boticários e de um Hospital Militar. Nesse período, a população foi afetada por epidemias de sarampo, varíola, peste bubônica e gripe espanhola. Em seguida, evidenciaram-se, já no período imperial (século XIX), os primeiros médicos e a instalação da Santa Casa de Misericórdia do Maranhão. O antigo Hospital Militar mudou-se para a Casa de Retiro Espiritual dos Jesuítas, na Ponta de Santo Amaro, com a denominação de Hospital Regimental (hoje Hospital Geral do Estado), e instalou-se um hospital privado, denominado Hospital Português. Destaca-se ainda nesse período a alta mortalidade por malária. No período republicano, até meados do século XX, foram construídos ou instalados em São Luís e no interior inúmeros hospitais públicos e privados.
           O período da Medicina que estamos vivenciando iniciou-se na década de 70 e tem como características as especialidades médicas, os modernos equipamentos de apoio diagnóstico, os transplantes de órgãos, a terapia dita invasiva, as Unidades de Terapia Intensiva e os grandes avanços nos campos da cirurgia, da  imunogenética e da biologia molecular, avanços técnico-científicos necessários, mas que encareceram exponencialmente os tratamentos, dificultando o seu acesso pela população mais vulnerável financeiramente e sem plano de saúde, pois nem sempre são realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
          Avançamos muito, sem dúvida, no tratamento de doenças crônico-degenerativas, a exemplo das cardiovasculares, endócrinas, renais e das neoplasias, mas infelizmente ainda não conseguimos grandes progressos no controle das doenças emergentes como a AIDS, das endêmicas como a hanseníase, a tuberculose e a esquistossomose, das transmitidas por vetores, como ZIKA, Dengue e Chikungunya e de outras viroses como o H¹N¹ (Influenza A), em razão de implicações epidemiológico-sociais e econômicas. Em síntese, já convivemos com as doenças da “modernidade” e ainda não conseguimos deixar de coexistir com as infecto-contagiosas.
                  A Academia de Medicina do Maranhão, pautada nos seus ensinamentos, nos seus exemplos de sabedoria e entusiasmo, vem escrevendo a História da Medicina no Maranhão e contribuindo de forma dinâmica, por meio de seus pares, para seu aprimoramento.


·     *  Professor Doutor em Ciências da Saúde. Presidente da Academia Maranhense de Medicina.

sábado, 6 de setembro de 2014

EDITAL Nº 03/2014

                                       ACADEMIA MARANHENSE DE MEDICINA
  E-mail: acadmedma@gmail.com
65075-690 – São Luís – MA.

                                      EDITAL N°03 / 2014

  O Sr. Presidente da Academia Maranhense de Medicina, conforme estabelecem do Artigo 13 ao 17 e parágrafos únicos do Estatuto da Entidade e do Artigo 52 ao 56 e seus parágrafos do Regimento Interno, abre  o processo eleitoral do corrente ano, para eleição dos membros da Diretoria, do Conselho Fiscal e da Comissão Científica para o biênio 2014 / 2016 com o seguinte cronograma:
        - Fica estabelecido o período de 01 a 30 de setembro do ano em curso, de segunda feira à sexta feira, dias úteis, das 09 às 12h, na sede provisória da Academia, no Prédio do Conselho Regional de Medicina do Maranhão – CRM-MA, à Rua Carutapera, 02, Qdra. 14 – Jardim Renascença, nesta cidade de São Luís-MA., para registro de candidaturas isoladas ou em chapa completa.
- Os votos por cartas de que trata o Artigo 16 do Estatuto deverão ser enviadas à sede provisória da Academia, nos dias e horários supracitados, no período de 6 a 10 de outubro. No caso de ter sido o próprio eleitor o portador da carta, este assinará a folha de votação.
- As eleições serão realizadas, no dia 14 de outubro, terça-feira, do corrente ano, na sede do CRM-MA, das 18:00 h às 20:00 h. A seguir, ocorrerá a apuração dos votos.
- A posse dos eleitos, em caráter excepcional, ocorrerá logo após a proclamação do resultado da eleição, na sede da CRM-MA.

                                         São Luís, 22 de agosto de 2014.

Acd. José Márcio Soares Leite
PRESIDENTE





quarta-feira, 20 de agosto de 2014

A SAÚDE QUE O POVO QUER.

José Márcio Soares Leite

Realizou-se em São Luís, nos dias 7 e 8 deste mês, o III Congresso Maranhense
de Medicina, cujo enfoque maior foi para as ações de saúde desenvolvidas na atenção
básica (AB) ou atenção primária à saúde (APS). Esta é considerada a mais complexa
das ações de saúde, não em densidade tecnológica, mas por envolver não somente a área
da saúde, como também os campos da antropologia, da cultura, da educação, da
sociologia e da epidemiologia, no dia a dia da prática em saúde nos povoados, nos
bairros, nos municípios e nas metrópoles.
Estes Congressos tem tido como objetivo fomentar o intercâmbio científico e a
troca de experiências entre os profissionais e estudantes da área da saúde e afins, das
diversas Regiões de Saúde do Estado e mesmo de outros Estados, além da promover a
atualização sobre temas como saúde materno-infantil, saúde mental, doenças
transmissíveis, saneamento básico, educação em saúde e as doenças crônicas não
transmissíveis.
Em seu mais recente livro, As Redes de Atenção à Saúde, o professor Eugênio
Vilaça Mendes, consultor da Organização Panamericana da Saúde (OPAS), descreve
com muita propriedade a situação de saúde decorrente do que ele denomina a tripla
carga de doenças existente no Brasil, que compreende: 1º- o grupo de doenças
infecciosas, parasitárias, a desnutrição, as doenças de origem materno/perinatal; 2º- as
decorrentes dos acidentes e de violências; 3º- as doenças crônicas não transmissíveis,
como: doenças cardiovasculares, respiratórias, renais, endócrinas, reumatológicas,
pulmonares, com maior incidência do diabetes, da hipertensão, dos acidentes vasculares
cerebrais e o câncer, que já respondem por 66,3%, da morbidade geral no Brasil.
Eis a razão pela qual deve haver uma coerência entre a situação de saúde da
população, expressa, especialmente, pelas situações demográficas e epidemiológicas; e
a organização dos sistemas de saúde.
Os municípios, que representam a célula mater do SUS, segundo o que está disposto na Constituição Federal, precisam urgentemente de mais recursos para a saúde, de forma que possam desenvolver as ações básicas em saúde e articular-se com os municípios maiores de sua região ou macrorregião de saúde, garantindo uma resolubilidade integral aos seus munícipes e conformando o que denominamos de regionalização solidária.
Na realidade de hoje, contudo, existe um verdadeiro bloqueio na continuidade do atendimento feito na atenção primária, ou seja, quando o usuário precisa fazer exames de apoio diagnóstico, consultas especializadas ou internações clínico-cirúrgicas.
O Governo do Maranhão, para enfrentar essa grave situação de bloqueio na atenção à saúde, cuidou de construir, reformar e equipar, por meio do Programa Saúde é Vida, da Secretaria de Estado da Saúde, e com recursos próprios do Tesouro do Estado, 69 Hospitais de Pequeno Porte, nos municípios que não dispunham de 1 leito sequer, Hospitais Gerais Regionais de média complexidade, nas 19 Regiões de Saúde do Estado, Hospitais Macrorregionais de alta complexidade, além de quadriplicar os leitos de UTI existentes.
Assim, de forma descentralizada e regionalizada, está sendo redesenhado o modelo de atenção à saúde do Maranhão, garantindo a retaguarda dos atendimentos prestados pelos municípios, constituindo uma rede única de atenção à saúde (RAS), articulada, integrada e regulada.
O Sistema Único de Saúde (SUS), o maior sistema médico-social do mundo e que completa este ano 26 anos, tem ainda muitos óbices, muitos desafios a serem enfrentados, entre estes uma política de recursos humanos e o seu financiamento. O Maranhão, por exemplo, tem um dos menores percapitas/SUS do país. Durante o Congresso, esses e outros entraves ao avanço do SUS foram exaustivamente debatidos e analisados, mas sempre findando com a propositura de sugestões para seu equacionamento.
Ao concluir-se mais um importante Congresso com os profissionais de saúde, estudantes do campo da saúde, restou evidente o reconhecimento de todos de sua importância para a saúde do Maranhão e do Brasil, valendo, para tanto, reproduzir o depoimento de um dos congressistas: “...este Congresso foi muito importante para se conhecer, debater, sugerir e apontar soluções. Nós que trabalhamos no dia a dia atendendo diretamente os usuários do SUS é que conhecemos suas necessidades e aprendemos com eles a apontar a saúde que o povo quer”.
*Professor Doutor em Ciências da Saúde. Presidente da Academia Maranhense de Medicina. Subsecretário de Estado da Saúde do Maranhão e Presidente do III Congresso Maranhense de Medicina.
Publicado no Jornal O Estado do Maranhão, de domingo 17 de agosto de 2014